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Percebi nos quadros de Mollica muito mais do que somente pinturas, mas uma lógica do espaço plástico cromático, inteiramente fora da ordem vertical/horizontal. E, assim, abolimos o vício da frontal idade. Somos levados a um pensamento, e a cor é só pensamento, que nos permite aguçar nossos sentidos. Sons, ruídos, música, ritmos, ecos, tempos em vários registros excêntricos, tangíveis e intangíveis, específicos do Rio de Janeiro, só esta cidade moldando suas imagens e espaços. Cores e formas indicando-nos uma geometria: um enigma. Geometria esta que os pintores vêm construindo há séculos e para caminharmos por ela basta seguir o trajeto cromático, desde Leonardo, passando por Ticiano, Poussin, Chardin, Cézanne, Braque, e o carioquíssimo Oiticica, até o cinza sempiterno que nos leva às várias dimensões da realidade. Uma orquestração sem maestro e, para os pintores, os quadros como instrumentos criando por si só uma ordem. Uma mentalidade mais qualitativa vai se incorporando. Além de nossas vidas, o novo se renovando no novo.

José Maria Dias da Cruz

Sobre a exposição Imagens Plácidas (2004)

 

 

 

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