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Orlando Mollica
Mollica era fervorosamente apaixonado pelo Rio de Janeiro. Lúcido, Mollica não adere à Globalização, basicamente um fenômeno de integração econômica. O capital visa, com suas garras, dominar também a arte, desde a obra realizada em um atelier, até a opinião de críticos, curadores, e eventos como exposições, bienais, feiras de arte, etc. Muitos bons artistas ficam de fora, mais há ainda àqueles que compreendem a importância de uma percepção mais profunda do lugar onde vivem.

Esse quadro acima (O Pão de Açúcar. 1998) é emblemático. Mostra o Pão de Açúcar com suas contradições. É imponente como um dos símbolo da cidade maravilhosa. Mas realizado considerando que no pensamento contemporâneo as coisas não têm certezas e valores absolutos. É um quadro simultaneamente bem proporcionado obedecendo um ritmo enquanto recorrência pressentida, convivendo com cores e pinceladas expressando uma situação quase caótica.
Uma poética se impõe. O Rio de Janeiro é o lugar que leva o Mollica a realizar sua obra.Terminamos, então,este breve texto, citando uns versos do samba composto po rArlindo Cruz. O meu lugar.
[...] O meu lugar
Tem seus mitos e seres de luz
É bem perto de Osvaldo Cruz
Cascadura, Vaz Lobo e Irajá
O meu lugar
É sorriso é paz e prazer
O seu nome é doce dizer [...]
José Maria Dias da Cruz – março de 2023

